Chairman da DBR Energies fala sobre biocombustíveis modernos em palestra na ABEMI

Explorando os Biocombustíveis Modernos foi o tema da palestra que o chairman da DBR Energies, Nelson Romano, apresentou no dia 16 de julho na Associação Brasileira de Engenharia Industrial (ABEMI).  O convidado proporcionou uma visão técnica detalhada dos biocombustíveis modernos, dando uma ampla visão das tecnologias de SAF (combustíveis de aviação sustentáveis) e hidrogênio, além de abordar HVO (óleo vegetal hidrogenado), biodiesel e ATJ (álcool para jet). Romano abordou propriedades, processos de produção e os desafios enfrentados, traçando um panorama claro das oportunidades e dos obstáculos na transição para combustíveis renováveis. Destacou a importância da inovação e colaboração no setor para alcançar metas sustentáveis no futuro.

Citando uma afirmação do Sultan Al-Jaber, presidente da COP 28, que alertou ser necessário separar os fatos da ficção, a realidade da fantasia e o impacto da ideologia, Romano procurou imprimir uma visão prática em sua fala. “Esses vieses estão atrapalhando muito as discussões sobre SAF, HVO, hidrogênio e sobre a transição energética, levando a metas fantasiosas e inatingíveis. Em alguns casos, o objetivo é extrair energia do hidrogênio sem calcular que estão colocando mais energia nesse processo do que irão tirar”, destacou.

Posição privilegiada

Na visão de Nelson Romano, algumas propostas – ancoradas na preservação ambiental, cuja importância é indiscutível – ignoram a geografia e a climatologia do planeta, propondo metas impossíveis num timing inexequível. Como exemplo, ele citou o uso de hidrogênio no motor de automóvel e na aviação. “No primeiro caso, a questão do sistema de distribuição e a tecnologia ainda não chegaram lá e, no segundo, há questões de tecnologia e segurança relevantes que levarão muito tempo a serem ultrapassadas. O hidrogênio é um gás limpo e maravilhoso, mas difícil de ser usado, principalmente diretamente como energia. Essas discussões precisam considerar como e para que será utilizado o hidrogênio. Outro fator que dificulta essa temática é o uso político do aquecimento global”, afirmou.

Nelson Romano, Chairman da DBR Energies

Nelson Romano destacou ainda que, no campo dos biocombustíveis, o Brasil tem uma posição privilegiada por causa do etanol nos automóveis. A IATA (Associação Internacional de Transporte Aéreo) por exemplo, colocou como meta 65% do QAV a ser substituído por SAF até 2050, algo em torno de 200 MM ton/ano, o que exigirá duplicar a área de cultivo de oleaginosas em todo mundo atualmente o que não será possível apenas com a matéria prima renovável. O Brasil com os projetos já em andamento é um país com chance real de atingir a meta da IATA a partir de matéria prima renovável.

Finalizando, Romano destacou a importância da amônia, substância derivada do hidrogênio isenta de carbono, que além de sua importância como matéria prima para fertilizantes, por si só já é um combustível comprovado. Finalizou suas considerações dizendo que a amônia deverá ter a longo prazo, um papel importante na transição energética como parte da energia global. De acordo com o executivo, a amônia deverá ter a longo prazo um papel importante na transição energética como parte da energia global

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